'Achei que era só uma dorzinha e fraturei as pernas por excesso de corrida'

Ao VivaBem, Thaina conta sua história:
'De segunda a segunda'
"Sempre fui sedentária, mas, no fim de 2020, decidi mudar: comecei a treinar e introduzi a corrida na minha vida, mesmo sem ter resistência física nenhuma.Me joguei de cabeça sem me preocupar que meu corpo precisava entender esse processo. Não dei tempo para ele se preparar. Não tinha um dia de descanso, treinava de segunda a segunda.
Meus treinos eram sem acompanhamento profissional porque não me preocupava com isso, achava que não era importante.Em 2022, me inscrevi para fazer a prova de 10 km da Maratona do Rio. Comecei a treinar mais porque queria completar a corrida em uma hora, mas não tinha esse preparo todo. Corria 5 quilômetros dia sim, dia não, e fazia um longão (treino de maior distância ou duração da semana) todo fim de semana. Tudo sem acompanhamento.

Tomava um ibuprofeno todos os dias de manhã, e de seis em seis horas, porque já acordava sentindo dor para fazer coisas do dia a dia, como subir escada e ir para a faculdade, mas acreditava que a dor era pouca. Alguns amigos falavam que não valia a pena parar.
Perto da prova, a dor ficou ainda mais forte e o remédio só amenizava —não parava mais. No dia, acordei e tomei meu ibuprofeno. Fui para a corrida animada, feliz e com uma dor que eu já tinha normalizado. Mas, no meio da prova, ela ficou muito forte.Corredor tem o hábito de se incentivar, então não deixamos ninguém desistir no meio de prova. Meu amigo, que hoje é meu namorado, falava: 'vamos, não desiste, você vai conseguir', mas não estava mais dando conta.No quilômetro 8, me sentei e um grupo de senhoras passou e falou: 'uma menina jovem, vamos terminar, falta pouco'.
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